Ecocardiograma pediátrico e fetal

Os cuidados com a saúde do coração devem começar cedo.

Ainda durante o pré-natal, é natural que a saúde cardiovascular do bebê esteja entre as principais preocupações da gestante.

O ecocardiograma fetal é um exame que consiste em uma avaliação completa do coração do bebê e permite tratamento rápido e eficaz logo após o nascimento, caso haja necessidade.

O ecofetal deve ser realizado entre a 24ª e 28ª semanas de gestação, período em que é possível obter melhor resultado e visualização do órgão, e é indicado formalmente quando há presença de cardiopatia congênita (anormalidade na estrutura ou formação do coração) nos pais ou irmãos; quando a mãe apresenta hipertensão ou diabetes; e quando há qualquer indício de má formação fetal.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que esse exame seja realizado de rotina no pré-natal em todas as gestações. O ecofetal existe no sistema público de saúde, mas somente as mamães que têm algum risco para a má-formação do coração do bebê são as que realizam o exame.

O procedimento não oferece nenhum risco para o bebê e não necessita de preparo da gestante, jejum ou ingestão de líquido. É um exame indolor onde o médico colocará um gel na barriga da mamãe e através de um aparelho de ultrassom são geradas imagens do bebê.

Entre os riscos maternos estão as mães que tem diabetes mesmo antes de engravidar, cardiopatia congênita, exposição a remédios e drogas que causam má-formação do bebê (anticonvulsivantes, antidepressivos, cocaína, álcool), rubéola durante a gravidez, e idade materna muito avançada ou muito jovem.

É conveniente que a mãe leve todos os exames que fez para o cardiologista fetal examinar, principalmente o ultrassom morfológico. Durante a realização da ecografia morfológica, a mamãe deve pedir para que a ultrassonografista observe mais atentamente o coração do bebê, pois caso se verifique alguma anormalidade encaminhe a mamãe rapidamente para a realização do ecofetal.

O que é a ecocardiografia com Doppler colorido?

Não. Os exames de ecocardiografia são realizados sem perigo, não tem radiação e não causam nenhum tipo de dor.

O exame precisa de algum preparo especial?

Sim. Para bebês e crianças até 3 anos, pede-se jejum de 1 hora e meia a 2 horas pois o exame começa com a colocação da sonda na região abaixo da costela e sobre o estomago, sendo necessário uma leve compressão, com o objetivo de “fotografar” o coração de baixo para cima. Grandes quantidades de leite ou alimentos no estomago poderão causar desconforto na criança e dificultar a passagem das ondas de ultrassom. Pede-se que não seja oferecido alimentos para as crianças na sala de espera. Para pacientes maiores e adultos não há necessidade de nenhum preparo.

Existe algum outro cuidado específico?

Como o funcionamento do aparelho exige uma temperatura em torno de 20 a 23ºC, a sala em geral é mais fria que a sala de espera, sendo importante manter a criança com pernas e braços aquecidos. Após a retirada de toda a roupa da cintura para cima, é recomendável que se vista um casaco com abertura na frente ou enrrole a criança em uma manta, deixando apenas a região esquerda do tórax exposta. Gorros e luvas são benvindos para bebês.

Quais são as etapas da ecocardiografia?

A criança deverá ser sempre acompanhada da mãe ou outro familiar para a sala de exame, que vai posicioná-la em cima da maca e iniciar a retirada da roupa da cintura para cima. No caso de crianças pequenas, a mãe poderá sentar na maca perto da criança ou deitar de lado, encostada na parede e junto com a criança, pois isto lhe dará maior segurança. O exame começa com o médico passeando a sonda suavemente na barriga do bebê, passando para a região esquerda do tórax e terminando com a análise dos vasos da região do pescoço.

Todas as crianças devem realizar ecocardiograma?

A ecocardiografia tem sido cada vez mais solicitada pelos médicos e pediatras, nas seguintes situações:

  • suspeita de sopro;

  • liberação para cirurgia e/ou exames com anestesia;

  • liberação para a prática esportiva;

  • como um check-up de rotina na infância;

  • em casos de cardiopatias congênitas na família: irmãos de cardiopatas ou filhos de pais com doenças cardíacas congênitas;

  • crianças portadoras de doenças genéticas.

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